Evite alergias: seu bebê precisa comer de tudo

 

 

Você acha que ovos, amendoim e outros são alimentos proibidos para as crianças que estão começando a ingerir alimentos sólidos, além do leite materno, porque causam alergias? Muitos estudos novos contradizem esta crença. Leia este post para entender por que talvez seja uma boa ideia expor nossos pequenos a estes alimentos.

O mais difícil da medicina de hoje é ser atualizado. Precisa de muito estudo, dedicação e estar ligado no mar de informações que se renova todos os dias.

Ontem estava navegando nesse mar e um editorial do New England Journal me chamou a atenção.

Era sobre o estudo EAT, que busca demonstrar a incidência de alergias alimentares, em rota crescente, de acordo com o momento da introdução de alimentos alergênicos para o bebê.

Introduzir alimentos alergênicos pode evitar alergias no futuroHá alguns anos, recomendávamos que deveria ser evitada ou postergada a introdução precoce de ovo (só podia a gema…), peixe, amendoim, leite de vaca e derivados, para bebês que iriam iniciar a transição do aleitamento materno exclusivo, para os alimentos sólidos.

A partir do estudo LEAP, onde se verificou que a introdução precoce de amendoim para os pacientes com alto risco de alergia, diminui substancialmente seu risco posterior de desenvolver alergia, o conceito mudou radicalmente.

E esse estudo publicado semana passada, apesar de não mostrar que introduzir antes dos 6 meses os alimentos acima tem um caráter protetor em relação à introdução após os 6 meses, continua sinalizando para essa mudança de paradigma.

Portanto, a mensagem que está sendo passada é a seguinte: provavelmente é bastante benéfico que desde o início da alimentação complementar, sejam introduzidos todos os alimentos, sem postergações ou restrições, sendo essa prática protetora para o desenvolvimento de alergias alimentares.

No consultório ainda luto para que as famílias introduzam peixe, ovo inteiro e outros alimentos para seus bebês, mas há uma resistência cultural.

Espero esteja no fim, para o bem da saúde dos seus filhos.

Perguntas? Fiquem à vontade para escrever nos comentários abaixo.


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Dr Flávio Melo - pediatra

Atua em consultório privado na cidade de Solânea/PB há mais de 19 anos e trabalha como coordenador no Hospital Regional de Guarabira, do projeto da Rede de Cardiologia e Perinatologia da Paraíba, que atende crianças com problemas cardíacos congênitos. Atualmente, ajuda a milhares de mães, pais e responsáveis, em todo o país, através da transmissão do seu conhecimento sobre cuidado de crianças e bebês, com uma linguagem simples, prática e acessível, por meio de conteúdos diários que impactam mais de 690 mil pessoas pelo Instagram, no perfil @flaviopediatra Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

51 comentários em “Evite alergias: seu bebê precisa comer de tudo

  • 13 de dezembro de 2017 a 22:23
    Permalink

    Olá, dr.
    Muito interessante seu texto. Qual a quantidade ideal para oferecer para um bebê de 7 meses? tenho oferecido apenas 1/4, ou só a gema. Quantas vezes na semana o bebê deve comer ovo?

    Responder
  • 14 de fevereiro de 2017 a 11:49
    Permalink

    Olá doutor esse novo estudo só se aplica a crianças que não apresentaram reações ainda no leite materno certo? Quero me referir a bebês com Alergia a Proteína do leite de vaca que também desenvolvem alergias aos principais alimentos alergênicos, através do leite materno.

    Responder
    • 22 de fevereiro de 2017 a 06:19
      Permalink

      Esse estudo se aplica inclusive para bebês que já tem risco aumentado de alergias, só que sempre com orientação do alergologista junto com o pediatra, nesse caso.

      Responder
  • 9 de fevereiro de 2017 a 00:49
    Permalink

    Boa noite!
    Dr. Primeiramente, parabéns!!!
    Meu filho tem 7 meses, amamentei até 6 exclusivamente, mas agora estou com muitas dúvidas sobre a nova alimentação.
    Em relação a carnes, frangos, boi e etc..
    Teve um pediatra que nos recomendou a não dá ao bebé carnes até os 2 anos, pois seria ruim para que ele gostasse dos outros alimentos de gosto mais fraco. O que acha sobre isso?

    Também quero saber, sobre dá aveia, linhaça, castanhas? Estou perdida, estou muito confusa.

    Responder
  • 27 de dezembro de 2016 a 23:06
    Permalink

    Olá Dr!
    Parabéns pelo o blog!
    Meu bebe esta com 10 meses, pesa 10,350 kg, tudo ok!
    So que ainda tenho muitas duvidas quanto a introdução alimentar e o aleitamento em livre demanda.
    No almoco ele come; mas normalmente sao no maximo umas 8 a 10 colheradas que acho que nao o sacia muito. No jantar as vezes ele rejeita, e as vezes ofereco uma vitamina com fruta e aveia e ele come um pouco.
    As frutinhas ele come melhor, e uma vez ao dia acrescento aveia a fruta e ele tambem come normalmente.

    Mas as mamadas é sempre, se oferecer ele sempre quer normalmente sempre antes de dormir mama e de madrugada acorda umas 2 vezes p mama.
    Estou preocupada, pois ele ja esta bem grandinho e gostaria que diminuisse, pois algumas amigas ja me relataram que seus bebe deixaram o peito por si só, mas o meu ainda tem uma dependencia grande e gostaria de diminuir.

    desde ja obrigado!
    Att, Julienne Marinho
    O j

    Responder
    • 31 de dezembro de 2016 a 10:29
      Permalink

      Julienne, você não acha muito cedo para diminuir? A amamentação deve ser em livre demanda, a alimentação nessa idade não se chama à toa de complementar, ela apenas entra como complemento. Aos poucos, as coisas se equilibram, mas até 2 anos ou mais se deve mamar, sem problemas.

      Responder
  • 28 de novembro de 2016 a 22:07
    Permalink

    Olá!
    Meu filho tem 8 meses e reagiu a ovo e a um macarrão com traços de ovos. Não reagiu a peixe, nem a nenhuma outra comida “alergena”. Seria prudente testar camarão?
    Além disso a pediatra disse que ele está acima do peso (10,9 kg 71,5 cm). Só que ele só mama leite materno e faço blw, a orientação dela foi de que eu diminuísse as mamadas. Ao invés de diminuir as mamadas não deveria diminuir a quantidade da carboidratos nas refeições? Além disso, estamos fazendo natação, ele já engatinha e com o passar do tempo, gastando mais esse ganho de peso não tende a se estabilizar? Preciso fazer dieta de peito no meu filho? ! Obrigada!

    Responder
    • 30 de novembro de 2016 a 14:48
      Permalink

      Não fazemos dieta de amamentação. Creio que a parceria do pediatra com um nutricionista materno infantil pode ser de grande ajuda.

      Responder
  • 21 de novembro de 2016 a 14:37
    Permalink

    Dr otima materia! Meu bebe esta c 6 meses e estou iniciando a alimentacao agora. Pretendo amamentar ate 1 ano mais ou menos. Minha duvida é a seguinte: n quero dar formulas, leite de vaca( aqui em casa uso leite vegetal, de coco, aveia…) mas ele n apresentando alergia como posso fazer para n faltar os nutrientes , calcio do leite? Seria interessante cortar leite e derivados ou cortar o leite e dar os laticinios , queijo… Seria saudavel? Eu tenho intolerancia a lactose e o q escuto é que leite e derivados n é saudavel, n introduzir esses alimentos ao bebe seria bom?

    Responder
    • 26 de novembro de 2016 a 08:53
      Permalink

      Seguinte:
      -Até 1 ano, se não mamar, o jeito é usar fórmula com pouca proteína (leite materno 1,9g/100kcal – Fórmulas melhores – entre 1,9/2,1)
      -Ir desenfatizando a fórmula e incentivando comida
      -Laticínios entre 7/8 meses se não for intolerante ou tiver alergia
      – A partir de um ano, pode ser leite integral de boa qualidade, mas desde que só consuma até 400ml/dia
      – Há outras fontes de cálcio, mas com menor biodisponibilidade, então precisa mesclar
      – Não é recomendado leite cru (só se a vaca for da pessoa e ela cuidar e ordenhar…hehehe), sempre pasteurizado. O risco sanitário é alto demais para recomendar esse tipo para a população geral.
      – Normalmente não é a fórmula, se de boa qualidade e monitorizando o crescimento que causará obesidad e sim os aditivos da fórmulas, acúcares e ultraprocessados em geral.
      – Leites vegetais podem fazer parte da diversificação na dieta, mas não em substtuição à proteína e cálcio do leite de vaca. Laticínios são boas opções e fontes vegetais de cálcio, sardinhas, são outra fontes de cálcio, com biodisponibilidades diferentes. O segredo é diversificar.

      Responder
  • 19 de novembro de 2016 a 14:01
    Permalink

    Parabéns pelo blog. Meu filho tem 4 anos e até hoje não comeu camarão, nem siri, pois o pai é alérgico e fiquei com medo. O que devo fazer?

    Responder
  • 16 de novembro de 2016 a 16:50
    Permalink

    Boa tarde, Dr.
    E em uma criança APLV? Esses alimentos podem ter maior chance de causar alergias cruzadas?
    Aliás, em sua opinião, por que o diagnóstico de APLV vem aumentando? Seria uma doença subestimada no passado ou realmente algo mudou? A alimentação das vacas pode contribuir para isso?
    Obrigado pelas informações.

    Responder
    • 16 de novembro de 2016 a 18:59
      Permalink

      As causas são várias, desde aumento da obesidade na gestação, modo de parto, aleitamento, etc. Ainda não há uma resposta definitiva. Alimentação das vacas não, 90% toleram bem a proteína do leite, sem desenvolver alergia. Procure os posts sobre Vitamina S, acho que as respostas estão ali.

      Responder
  • 19 de setembro de 2016 a 21:41
    Permalink

    Olá doutor,

    Meu bebê está com 1 ano e 10 meses, e desde quando comecei a introduzir ovo na alimentação dele em volta da sua boca onde tocava o ovo ficava vermelho, dava um tempo e tentava de novo e a
    Mesma coisa, dai pedi teste de alergia e deu positivo tanto pra clara quanto a gema. O pediatra falou pra continuar evitando, e depois mais pra frente repetir o teste. O teste foi feito quando ele estava com 1 e 6 meses e pelo que o pediatra falou estava bem alto , não sei se é igual os parâmetros (pois moro no Japão) e na Clara deu um número de 6.98 classe 3 e na gema 1.75 classe 2.
    Às vezes dou alguns derivados de ovo como macarrão, e não dá essa reação mas se dou ovo mais puro como um omelete por exemplo dai fica vermelho por um tempo ao redor da boca mas limpando some após alguns minutos.
    Devo continuar dando aos poucos pra ir criando resistência ou melhor evitar por completo ? Essa reação é só externa ou pode acontecer algo por dentro? Na gravidez eu comia 2 ovos todos os dias pois havia aderido à dieta lowcarb, será que foi isso?

    Responder
    • 21 de setembro de 2016 a 07:07
      Permalink

      Algumas crianças conseguem tolerar quando a proteína é extensamente aquecida. Mas sempre o alergologista pediátrico deve acompanhar essas tentativas.

      Responder
  • 17 de agosto de 2016 a 07:45
    Permalink

    Minha bebê tem 9 meses, e tentei introduzir ‘tudo’ desde o início. Mas não sei se dei azar, já identifiquei umas alergias alimentares: muito vômito após ingestão de ovo e reação cutânea após ingerir abacaxi. Fiquei bem decepcionada, já que não há histórico de alergia na nossa família e eu a amamentei exclusivamente até 6 meses e ainda amamento. Dizem ser reversível essa alergia. Assim espero!!

    Responder
  • 7 de julho de 2016 a 17:24
    Permalink

    Oi Dr! A partir de qtos meses posso começar a dar o ovo p/ meu bebê?

    Responder
  • 4 de julho de 2016 a 06:58
    Permalink

    Olá, muitos parabéns pela iniciativa do site! Eu e meu marido praticamos uma alimentação paleo e temos uma bebe de 6 meses e meio que está mamando ao peito e começando a introdução de alimentos sólidos. O que eu queria perguntar ao Dr. é se há necessidade de expo-la ao glúten nesta fase para reduzir risco de desenvolver dça celíaca no futuro? Grata pela atenção!

    Responder
  • 21 de junho de 2016 a 11:25
    Permalink

    Olá Dr., tudo bem? Primeiramente, parabéns e muito obrigado pelo site, ele é ótimo! Tenho um bebê de 4 meses que toma NAN Comfor 1 desde seus 20 dias pois a mãe teve pouco leite. Com aproximadamente três meses ele acabou largando de vez o leite materno e ficando no NAN. Conforme orientação do nosso pediatra, introduzimos suco de laranja lima pela manhã e de um mês pra cá uma porção de fruta amassada na parte da tarde. Hoje em nova consulta o médico nos orientou a entrar com papinha de hortaliças e daqui alguns dias carne junto dessa papinha a ser separada na peneira antes de servir. Minha dúvida: já posso aproveitar e começar a dar ovos pra ele? Visto que ele não tem os dentinhos mas já comerá papinha, posso colocar pedacinhos de peixe? O I.G dos carboidratos usados na papinha já deve ser considerado dando preferência para as hortaliças de menor índice? Desde já agradeço a atenção! Mais uma vez, parabéns pelo site, é excelente!

    Responder
  • 20 de junho de 2016 a 16:26
    Permalink

    Minha filha tem 10 meses e come legumes, verduras, grãos (feijão, lentilha, grão de bico), gema de ovo, carnes (bovina e frango) e frutas sem qualquer dificuldade. Não uso sal nem açúcar. No entanto, tenho dúvidas em relação ao peixe, clara do ovo, leites e derivados, farinhas e frutas cítricas. Ainda não ofereci, justamente pela resistência cultural, por achar que não precisaria antes dos 12 meses. Lendo esse artigo, fiquei bastante animada em experimentar a introdução desses alimentos logo. O pediatra, inclusive, já liberou. Ela nunca apresentou alergias até agora. Ainda bem. Vc, então, acredita ser até mais benéfico introduzir o quanto antes, não é? Qual seria o peixe mais indicado? Nozes, castanhas, chias, quinoas, etc, são recomendáveis antes dos 12 meses? Poderia oferecer um iogurte natural, queijo minas, ricota (com lactose) sem neuras? E polentinha e ervilha de pacote? Grata por sua atenção.

    Responder
    • 20 de junho de 2016 a 21:53
      Permalink

      Tudo sim. Quanto ao peixe mais indicado, sem dúvida, os do mar, preferencialmente que não sejam de criatório e variado. Fique ligada que essa semana tem um Hangout espetacular sobre segurança alimentar com um PhD na área, onde falaremos sobre peixes, castanhas, frutas/hortaliças versus agrotóxicos.

      Responder
      • 21 de junho de 2016 a 09:31
        Permalink

        Obrigada pela resposta. Vou acompanhar.

        Responder
  • 20 de junho de 2016 a 11:05
    Permalink

    parabéns pelo blog, acompanho sempre, dentre os alimentos que devem ser “evitados” antes dos 2 anos está o mel, pelo risco de contaminação e não por alergia (estou certa?). existe algum estudo recente a respeito do mel para crianças. Minha filha tem 13 meses nunca dei mel, mas já dei todos esses outros alimentos (peixe, ovo, amendoim etc.).

    Responder
  • 19 de junho de 2016 a 23:01
    Permalink

    Dr. Flávio…
    Meu bebê tem 11 meses e 12 dias. Hoje ele comeu o famoso Pirão de Carne (Caldo da carne bovina com farinha de mandioca) e ele adorou! Mas ficamos preocupados em ter dado por que, culturalmente falando, dizem que é um alimento muito “pesado” pra se dar a uma criança. Teria algum problema?

    Responder
  • 19 de junho de 2016 a 22:09
    Permalink

    Olá! Muito boa noite e parabéns pelo site! Acompanho sempre. Fiz o cadastro para receber o e-book há um tempinho, mas ainda não chegou. Estou ansiosa… rs. Ah, e já conferi o spam, não está lá. Obrigada!

    Responder
    • 20 de junho de 2016 a 11:51
      Permalink

      Estranho, você poderia tentar cadastrar de novo com outro e-mail ou olhar sua caixa de spam? Se não conseguir avise que damos um jeito de enviar.

      Responder
      • 24 de agosto de 2016 a 22:46
        Permalink

        Doutor, ainda não consegui receber o ebook. Nem mesmo o email pra confirmação eu recebi… nem mesmo na caixa de spam…

        Responder
  • 19 de junho de 2016 a 21:00
    Permalink

    Dr. Flavio, se o bebê tem APLV, tem alguma contra indicação que na introdução alimentar ele consuma essas outros alimentos considerados alérgenos?

    Responder
  • 19 de junho de 2016 a 20:49
    Permalink

    Olá Dr. Sabe onde encontro literatura sobre intolerância alimentar em bebe somente em aleitamento materno?
    Minha bebe está com 4 meses e continua tendo ” colicas” que na verdade no caso dela é um mal estar pois tem dores, gases, chora para fazer coco mas faz coco Saudavel sem nenhuma alteração como sangue , muco etc. não tem nada na pele, é super saudável, ativa, desenvolvimento ótimo , brinca e dorme super bem. Único sintoma realmente é gases e dores e ganha pouco peso. Quando ela tem as crises é quando menos ganha peso.
    Essa ultima semana chegou a ganhar média de apenas 8g/dia. Já estava com dieta restritiva.
    Fiz dieta sem leite, derivados, Gluten e tudo que poderia dar colica e conseguimos identificar que ela ainda ficava mal quando como alimentos com milho como polenta, massa sem glúten (milho) , bolo de fuba, etc. Não acho nada sobre isso. É certeza pois fiz por mais de 20 dias e ela ficou super bem quando não comi nada com milho e péssima quando comia.. Depois de ter certeza tirei também tudo de milho e ela está há uma semana bem. Sempre comi muito milho durante a gravidez e logo que ela nasceu principalmente por tirar Gluten. Será que foi excesso que causou isso?! Estou a ponto de desistir de amamentar e dar somente LA para ver se ela melhora e ganha peso.
    Ela está com 3 meses e 20 dias e 4.700 60cm. Nunca deixou de ganhar peso mas ganha sempre pouco. Mantém a curva dela 3%. Sou pequena e magra , hipermetatabolica, não engordo por nada mesmo comendo muito. O pai Tb é pequeno e magro. Faço acompanhamento nutricional. Não sei onde ler mais sobre isso. O que achamos é que devido a essa intolerencia ela ganha pouco peso pois atrapalha na absorção dos nutrientes. Faz sentido?! E por chorar com dores Tb sua demais, gasta muita caloria… Peso na quarta agora depois de uma semana sem crise . Se ela não ganhar muito peso não sei mais o que fazer. Ela mama super bem, tenho bastante leite e ela faz bastante xixi e coco. Só acho informação sobre APVL e não é o caso dela…

    Responder
    • 20 de junho de 2016 a 11:56
      Permalink

      Veja, qualquer orientação de dieta mais restritiva e hipoalergênica para a mãe, precisa de acompanhamento com nutricionista e Gastropediatra. Pode ser uma alergia mesmo, já que melhorou com a retirada. Milho é um alérgeno incomum, mas é. Seria o caso de fazer uma reintrodução após alívio dos sintomas para ver se eles retornam, pq aí fecharia o diagnóstico e aí retirá-lo por pelo menos 8 semanas seguidas, sempre com acompanhamento. Os outros alergenicos retornariam aos poucos, para avaliar a sintomatologia.

      Responder
  • 14 de junho de 2016 a 23:59
    Permalink

    Dr, o quanto devemos nos preocupar com o peso dito com padrão do bebê? Uma criança de 11 meses que mama em livre demanda no peito com 7,950kg é mais magra do que deveria ser? Nossa filha não tem alcançado o peso previsto, principalmente por que prefere mil vezes o peito do que comida. Atualmente estamos desconfiados que o suplemente de ferro esteve tirando sua fome, e aparentemente é isso mesmo. Dois dias sem ferro e já está comendo pelo menos um pouco. Sendo que ela é extremamente esperta, saudável, energética, porém abaixo do esperado em peso (mas não em crescimento, está com 72 cm de altura) devemos se preocupar em fazer esse desmame já (como uma pediatra aconselhou?) Ou melhor manter as coisas como estão e deixar que naturalmente ela volte a ter interesse pela comida?

    Obrigado!

    Responder
    • 15 de junho de 2016 a 19:13
      Permalink

      Desmame? Não entendo o motivo. Quanto ao peso, precisaria ver a curva de crescimento, peso de nascimento, olhar o biótipo dos pais (filho de peixe…) e outros parâmetros para estabelecer que o peso está insuficiente. O que posso dizer é que colocando no gráfico uma bebê de 11 meses com 7950, o que podemos dizer é que ela é da turma dos magrinhos, mas não entra no grupo de peso baixo para a idade. Claro que precisa ver a curva de ganho de peso para verificar o ritmo de ganho de peso e tirar conclusões mais acertadas. Mas, desmame?

      Responder
  • 12 de junho de 2016 a 22:39
    Permalink

    Dr. Flávio, e frutos do mar? Podem ser introduzidos normalmente como todos os outros alimentos?

    Responder
    • 13 de junho de 2016 a 09:45
      Permalink

      No máximo 1x/ semana, a partir dos 6 meses, sem nenhum problema. A tendência hoje em dia é introduzir precocemente os alimentos que antes eram postergados, por serem supostamente mais alergenicos. Agora, se o bebê tomou antibióticos muito recentemente ou já tem alergia alimentar, precisa discutir a conduta sobre esses e outros alérgenos alimentares com o pediatra/alergista.

      Responder
  • 24 de maio de 2016 a 01:17
    Permalink

    Doutor gostaria de saber se depois de desmamar, qual é o melhor e saudável leite para dar a uma criança menores de 5 anos? E se é mesmo que depois dos 5 anos não precisa mais de leite? Eu sou adebta a paleo, Mas as crianças comem feijão, arroz eles não gostam e muito menos consigo fazer eles comerem verduras, há alguma sugestão? , Obrigada!

    Responder
    • 24 de maio de 2016 a 05:38
      Permalink

      Luciana, depende da faixa etária. Nos menores de 1 ano de idade, não se deve dar leite integral, mas pode-se dar laticínios, como iogurte, queijo, coalhada, desde que tolerem e não tenham alergias. Acima dessa idade, apesar do leite não ser um alimento essencial, ele pode fazer parte da dieta, nesse caso como leite integral e também os laticínios. O melhor profissional para te ajudar nessa questão é o nutricionista, que analisará o padrão alimentar dos teus filhos e tentará fazer as adequações, de acordo com as preferências deles e do estilo alimentar que a família adote. Importante dizer que em estudos recentes, o consumo de laticínios integrais está associado à melhores parâmetros metabólicos, portanto, para os que podem, essa é uma parte importante da dieta. Não é obrigatório, mas é recomendável.

      Responder
      • 24 de maio de 2016 a 23:04
        Permalink

        Esclarecido! Obrigada doutor!

        Responder
        • 20 de junho de 2016 a 02:03
          Permalink

          Oi, Luciana! Também sigo paleo e compartilho de suas angústias. Tentei reduzir o arroz com feijão das crianças, aumentando vegetais (um pouco ao menos eles comem) , mas não foi bem recebido. A fórmula eu troquei por leite de vaca (leite A integral). Quando fui conversar com o pediatra dos meus filhos sobre isso, ele veio com um blá-blá-blá de pirâmide alimentar. Quando disse que não acreditava na pirâmide alimentar vigente para adultos e por isso dúvida desse tipo de recomendação para crianças, ele não quis nem discutir e disse simplesmente que eu tinha razão, mas que recomendava a manutenção de fórmula (meus filhos tem 18 meses e 3 anos). Enfim, ele é um bom pediatra, mas não dá para discutir nutrição com ele.

          Boa sorte!

          Responder
  • 23 de maio de 2016 a 15:19
    Permalink

    Dr. Flávio,
    É necessário introduzir arroz na alimentação? Acho que é amido puro, mas não sei se o bebê, na IA, precisa.
    Obrigada e parabéns pelo site.

    Responder
    • 23 de maio de 2016 a 16:24
      Permalink

      Quenya, arroz branco é alimento de alto índice glicêmico, quando consumido de forma isolada. Em uma refeição, juntamente com proteinas, gorduras e fibras das hortaliças, não tem um impacto tão negativo. Mas não acho que precisa ser a fonte de carboidrato do dia a dia, podendo ser substituído muito bem pelos tubérculos. Na IA, em quantidades normais, não causará problemas, inclusive acho legal a substituição por arroz integral ou vermelho/castanho.
      Além disso, o uso do parboilizado, preparado com o método de fritar antes de refogar e cozinhar, preserva o amido resistente, prebiótico bastante benéfico para a flora intestinal.

      Responder
      • 27 de maio de 2016 a 13:42
        Permalink

        Muito obrigada pelo esclarecimento, doutor!

        Responder
    • 22 de maio de 2016 a 10:20
      Permalink

      Se for o e-book, basta cadastrar-se no final do post ou no menu ao lado na página principal e você receberá no email e não perderá nenhum post do blog. Obrigado.

      Responder
    • 6 de novembro de 2016 a 21:24
      Permalink

      o senhor fez pesquisas? queria que o senhor entrasse no grupo de mães que eu criei e fizesse uma pesquisa lá, crianças que tiveram contatos com alimentos considerados alérgenos antes do primeiro ano de vida reagiram… principalmente aquelas que tem histórico de alergia alimentar na família, aqui tive dois filhos e duas histórias totalmente diferentes… o meu segundo filho foi mediado apenas pra trigo, como se explica isso? dieta rigorosa da mãe, desde a gestação, por orientação do pediatra Francisco Jaime e da obstetra Barbara (ambos residem em fortaleza)!! estou certa que graças a dieta que fiz até o ano de vida dele, e só com 11 meses comecei a testar via leite materno alguns alimentos, portanto é isso que acredito e é isso que defendo!!

      Responder
      • 10 de novembro de 2016 a 20:18
        Permalink

        Não entendi seu questionamento. No próprio post está o link para um grande estudo científico que foi feito sobre essa temática, o LEAP trial. Poderia citar e linkar diversos mais recentes, mas creio que não há sentido nisso. As recentes recomendações da Academia Americana de Alergia e Imunologia, Academia Americana de Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria, Associação Brasileira de Nutrologia e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, apontam exatamente para o que escrevi no post.Introdução precoce, após 6 meses, dos ditos alergênicos, mesmo nos pacientes com alto risco para alergia alimentar. É direito seu defender o que desejar e dos colegas também. Eu simplesmente estou apresentando a ciência mais atual no planeta sobre o assunto, se você pensa e age diferente, não tenho porque contrapor.

        Responder

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