H1N1: tudo o que você precisa saber para proteger seu filho, mas o Fantástico não te contou.

 

 

Idosos, pessoas com doenças cardíacas e respiratórias são mais suscetíveis. Mas é necessário ter cuidados especiais com os pequenos: todos que cuidam ou lidam com seu bebê devem ser vacinados. Essa é a única e melhor forma de protegê-lo do H1N1

Quando a gente pensa que o aperreio com a Zika & Cia limitada já estava grande, lá vem o H1N1, para acrescentar pimenta ao caldo.

Hoje a caixa de mensagens já começou a acusar o golpe (eita palavrinha enjoada!!!). Mas aqui não vai ter golpe, vai ter informação!!!! Não deixe de me enviar suas dúvidas e comentários ao final deste post.

Ontem vi a reportagem do Fantástico, mas acho que o Dr. Dráuzio Varela está de férias ou esqueceram de consultá-lo, de tão fraquinha e superficial que foi sobre o tema.

Listinha básica sobre o tema do momento

– H1N1 sempre esteve por aqui nos últimos anos, sendo que sua aparição estava mais concentrada próxima do outono/inverno;

– Por algum motivo ainda não totalmente esclarecido, ele resolveu aparecer um pouco antes, no começo do outono e a maioria não está mais protegida pela vacina do ano passado;

– Quem está complicando mais e quem está morrendo mais são os idosos e portadores de doenças crônicas, principalmente cardíacas e respiratórias;

– Os menores de 5 anos de idade, ainda mais menores de 2 anos de idade, AINDA mais menores de 6 meses de idade, são suscetíveis a complicações;

E aí, o que fazer para proteger seu filho?

vacinacaoSe tiver que guardar uma mensagem, que seja esta: antecipe a vacinação. Como o corpo leva em torno de 30 dias para estar com os anticorpos formados e atuantes, caso a onda do H1N1 esteja realmente se espalhando, deixar para vacinar em Abril/Maio pode significar arriscar demais.

Há duas opções de vacinas (ambas contêm o H1N1):

– Trivalente, a mesma do governo, que só será feita nos postos no final de Abril, mas que possivelmente já estará disponível nas clínicas de vacina essa semana.

– Quadrivalente, que tem uma proteção a mais para um tipo de Influenza e estará disponível nas clínicas privadas em no máximo 15 dias para os maiores de 6 meses. Já está disponível uma marca para os maiores de 3 anos de idade.

Mas fique atento: se tiver um bebê menor de 6 meses em casa, todos que cuidam ou lidam com seu bebê devem ser vacinados. Essa é a única e melhor forma de protegê-lo do H1N1.

O mesmo vale se seu filho, mesmo em idade maior, tiver contraindicação de tomar a vacina.

Existe medicação para o H1N1

TamifluÉ o velho conhecido Oseltamivir (Tamiflu), deve ser indicado para os indivíduos com suspeita de síndrome gripal e fatores de risco (idade, doenças crônicas, etc) ou que estejam com quadro de síndrome gripal e sintomas de gravidade.

Seu médico pediatra deve conhecer o protocolo e explicar para você como ele funciona, no caso de suspeitar de H1N1 no seu filho.

Agora, não confunda os cerca de 70 vírus respiratórios que causam resfriado comum com o H1N1, pois os primeiros incomodam, chateiam, mas não derrubam teu filho.

Não apenas teu filho, mas você também.

Compartilhem à vontade!!!! Dúvidas nos comentários.


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Dr Flávio Melo - pediatra

Atua em consultório privado na cidade de Solânea/PB há mais de 19 anos e trabalha como coordenador no Hospital Regional de Guarabira, do projeto da Rede de Cardiologia e Perinatologia da Paraíba, que atende crianças com problemas cardíacos congênitos. Atualmente, ajuda a milhares de mães, pais e responsáveis, em todo o país, através da transmissão do seu conhecimento sobre cuidado de crianças e bebês, com uma linguagem simples, prática e acessível, por meio de conteúdos diários que impactam mais de 690 mil pessoas pelo Instagram, no perfil @flaviopediatra Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

14 comentários em “H1N1: tudo o que você precisa saber para proteger seu filho, mas o Fantástico não te contou.

  • 24 de maio de 2017 a 23:07
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    Boa noite. Meu filho de 4 anos sempre tomou a vacina. Agora a pediatra disse para não aplicar porq os exames acusaram 50% de alergia ao ovo. Mas nunca percebi isso nele. Se eu der a vacina corre risco?
    O mesmo ocorre com a mais nova que tem 1 ano e 2 meses. Os exames acusaram intolerância a lactose e alergia ao ovo. Disse que ela não pode tomar.
    Mas os riscos da H1N1 não seriam maiores?

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  • 21 de setembro de 2016 a 21:41
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    Olá dr . Adoro seu blog. Informação segura e descomplicada. Minha filha teve h1n1 e não tomou a vacina , pois foi exatamente no período da campanha de vacinação. E onde moro. No interior do Pará me disseram que só poderia tomar depois de 3 meses. Quando passou esse tempo não tinha mais em lugar nenhum. Minha duvida é? O fato de ter tido a doença deixou ela imunizada contra esse vírus? Uma pediatra disse por alto, mas fiquei grilada. E outra: tem problema se eu antecipar no ano que vem. Como ela teve a doença dias antes da campanha esse ano, quero dá logo a da particular ano que vem. Posso fazer isso sem problemas?

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  • 10 de junho de 2016 a 14:58
    Permalink

    Estou com a gripe h1n1 e tenho uma filha de 13 meses ela so tomou uma dose da vacina ela tem risco de pegar a gripe de mim?

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    • 10 de junho de 2016 a 18:11
      Permalink

      Com uma dose o risco diminui, mas não é zero. Tenha os cuidados de proteção respiratória e das mãos que nada acontecerá.

      Responder
  • 26 de maio de 2016 a 08:30
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    Meu filho tem 6 anos é bom vacinar e no caso eu tambem teria q ser?

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    • 26 de maio de 2016 a 09:24
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      Se ele não tem doenças crônicas, não está enquadrado nos grupos de risco. Nesse caso, a eficácia da vacinação não é grande. Mas não estar no grupo de risco, não significa não ter risco, apenas ter risco menor. É uma questão de decidir junto com seu pediatra, mediante o histórico dele e o ambiente onde vive/estuda.

      Responder
  • 21 de maio de 2016 a 06:55
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    Bom dia! Minha filha de 13 meses tomou a primeira dose de vacina em 13 de abril e agora não encontro para dar a segunda dose. Nem na região que moro na zona norte nem onde mora minha sogra na zona Leste, em São Paulo. Quais os riscos de ela não tomar o reforço?

    Responder
    • 21 de maio de 2016 a 12:41
      Permalink

      O risco é diminuir a eficácia da vacina, pela baixa produção de anticorpos. Mas não precisa ser exatamente 30 dias após, esse é o intervalo mínimo.

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  • 18 de maio de 2016 a 15:53
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    Boa Tarde, minha filha tem 8 meses e foi vacinada dia 11 de maio, no dia 13 de maio começou apresentar febre de 39º, dores abdominais, vomito, diarreia, e começou tbm evacuar com sangue, poderia me informar se isso tudo se desencadeou devido a vacina H1N1. OBS: ela é alérgica a proteína do leite de vaca.

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    • 18 de maio de 2016 a 18:50
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      Importante você avaliar essa situação com o seu/sua pediatra, pois pode ser que ela tenha alergia à ovo. Quanto à APLV, a vacina de Influeza não contém componentes do leite.

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  • 18 de maio de 2016 a 13:44
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    Dr é verdade que não haverá mais produção da vacina? Meu bebê vai tomar 1 dose na sexta 20/05 pq faz 6 meses e depois não vai ter mais pra fazer o reforço. O que fazer?

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    • 18 de maio de 2016 a 19:35
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      Existe vacina suficiente nos postos para ser aplicada a segunda dose do seu bebê. Provavelmente alguém deve ter se referido à trivalente das clínicas particulares, que realmente será substituída pela quadrivalente.

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