O perigo dos corantes artificiais

… para a saúde do seu filho. E como se livrar deles.

Se você acha que é coincidência que seu filho não consegue parar quieto ao comer um inocente docinho com formas exóticas, mas cores berrantes, não deixe de ler esse post até o final.

A indústria alimentícia e farmacêutica, na tentativa de tornar o artificial parecido com o natural, adiciona em uma grande quantidade de produtos aos alimentos (sqn!): corantes artificiais, conservantes, estabilizantes…

São tantos nomes e categorias que daria um livro.

Se pudesse resumir em uma frase, seria: não é à toa que comida de caixa tem rótulos que parecem uma sopa de letrinhas.

E você acha que isso pode fazer bem?

Corantes artificiais fazem mal? Leia e decida

No livro Dirt Cure, a autora Dra Maya Shetreat-Klein dedica um capítulo ao que chama de “Comida Artificial”. Destaco pra você os seguintes pontos:

  • Quase todos os alimentos processados contém algum tipo de aditivo químico. Porém, nem todos são maléficos, pois isso depende da dose.
  • Muitos destes aditivos químicos são usados em experimentos laboratoriais como toxinas, no sentido de causar danos celulares. Ex: benzoato de sódio, glutamato monossódico, aspartame, nitrato de sódio e vários outros. Claro que em doses significantes, mas quem duvida que estamos consumindo demais?
  • A maioria dos corantes artificiais são produzidos a partir de derivados do petróleo.
  • Em estudos animais, a combinação de corantes e outros aditivos reduziram a capacidade de detoxificação e danificaram as células do fígado. Corantes amarelos, como a tartrazina são xenoestrógenos, que agem como disruptores endócrinos e são implicados em câncer de mama e doença hepática.
  • O corante amarelo número 5 pode afetar negativamente a capacidade de aprendizado de ratos, ao longo de gerações!
  • O benzoato de sódio aumentou a ansiedade e causou deficiência motora em estudos animais.
  • Por isso tudo e mais alguma coisa que, em 2010, a União Européia, solicitou que os fabricantes colocassem o seguinte aviso no rótulo dos produtos com corantes artificiais: “O consumo pode ter efeitos adversos na atividade e atenção das crianças.”
  • Segundo a FDA (Food & Drug Administration, dos EUA), o consumo máximo de corantes por dia não deve exceder 30 miligramas. O problema é que muitos produtos frequentemente consumidos por nossas crianças, sozinhos, já contém 30 mg de corantes (exemplo: um saquinho daquelas famosíssimas balinhas coloridas recheadas com chocolate que você facilMMente sabe quais são)
  • Vários corantes já foram banidos do mercado nos EUA e Europa, mas ainda continuam sendo usados no nosso país.
  • O glutamato monossódico, que vem sendo propagado como a solução para nossos filhos aprenderem o quinto sabor, o umami, tem efeitos conhecidíssimos no sistema nervoso central, especialmente de indivíduos vulneráveis ao seu efeito. Você já ouviu falar da síndrome do restaurante chinês?
  • Crianças autistas ou com distúrbios psiquiátricos diversos, são especialmente sensíveis aos efeitos dos aditivos alimentares

Como se livrar do problema em 3 passos

1- Leia o rótulo

Se não compreender algum componente ou se a lista for grande demais, fuja! Lembre-se do que o autor Michael Pollan escreveu: se sua avó não reconheceria aquilo como comida, evite!

2- Faça substituições simples

Se você costuma comprar alimentos com sabores, tente comprar o alimento sem sabor e temperar em casa, com temperos naturais, azeite de oliva e corantes naturais (urucum, por exemplo).

Troque o cereal matinal colorido pelo cereal sem cores. Melhor ainda, troque o cereal por ovos!

3- Adicione novos alimentos

Explore novos alimentos, ofereça variedade pro seu filho. Vença a neofobia dele sendo o exemplo!

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Dr Flávio Melo - pediatra

Atua em consultório privado na cidade de Solânea/PB há mais de 19 anos e trabalha como coordenador no Hospital Regional de Guarabira, do projeto da Rede de Cardiologia e Perinatologia da Paraíba, que atende crianças com problemas cardíacos congênitos. Atualmente, ajuda a milhares de mães, pais e responsáveis, em todo o país, através da transmissão do seu conhecimento sobre cuidado de crianças e bebês, com uma linguagem simples, prática e acessível, por meio de conteúdos diários que impactam mais de 690 mil pessoas pelo Instagram, no perfil @flaviopediatra Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

3 comentários em “O perigo dos corantes artificiais

  • 15 de agosto de 2016 a 19:00
    Permalink

    Olá dr. Meu bebê está com dermatite atópica gostaria de saber mais a respeito até Pq o senhor comentou q pode ter algo relacionado ao leite se o senhor puder falar sobre dermatite atópica ficaria mto feliz desde já obrigada

    Responder

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