Hoje, 16 de Outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. O mundo está literalmente em uma encruzilhada. A sapiência humana e o avanço da ciência, nos proporciona uma população de mais de 7 bilhões de habitantes, crescendo em ritmo invejável e além dos 80 anos, em média.
Mas te pergunto: com que tipo de saúde? Que familiar seu acima dos 50 anos está livre dos comprimidos, dos check-ups frequentes, dos males do estresse das grandes metrópoles, dos problemas de sono e das agruras emocionais?
Como encontrar de novo um equilíbrio? E o que a alimentação tem a ver com isso, senão tudo? Alimentação é alicerce de um estilo de vida saudável e por mais que você tente encontrar mensagens mais simples, que nos traga novamente a noção de como alimentar-se bem, há sinais trocados por todos os lados e o que era para ser intuitivo, se torna até destrutivo.
É difícil se livrar do terrorismo nutricional
Leite mata! Manteiga vai entupir suas artérias! Carne vai te dar câncer! Glúten é o vilão!
Enquanto isso, a indústria alimentícia vai se aproveitando da confusão e mantendo sua influência de todos os dias em nossa vida. Na ciência, sabemos o quanto há a chaga do conflito de interesses, pois o cientista que espreme os números para demonizar um nutriente ou alimento, é o mesmo que te apresenta outra solução industrial, afinal, onde encontrar #comidadeverdade e barata?
Apesar de ser pediatra e por isso com muitas esperanças de reverter através dessa pediatria do estilo de vida, a saúde das gerações futuras, sinto que as profissões da saúde, incluindo a própria nutrição, não encontraram uma forma de traduzir em mensagens e ferramentas simples como deveria ser uma boa alimentação.
Mas um dos maiores desafios atuais, é proporcionar acessibilidade perene à uma alimentação saudável, limpa e financeiramente viável ao mundo.
Sete passos básicos para mudar a alimentação
Aí vem um jornalista, professor de jornalismo da Universidade de Berkeley nos EUA, escritor e palestrante de diversos livros sobre alimentação que deveriam ser obrigatórios, e nos traz em 7 simples passos, como tudo deve começar. E nesse dia é o que te apresento:
- Não coma nada que sua bisavó não reconheceria como comida.
- Não coma nada com mais de 5 ingredientes no rótulo ou com ingredientes que não possa pronunciar.
- Compre na periferia do supermercado. Normalmente, nesses locais estará a #comidadeverdade, aquela que estraga rápido.
- Evite comer aquilo que não estraga nunca. Já viu na internet quantos anos resiste um hambúrguer de fast food?
- Não é só o que você come, mas como você come. Sempre procure deixar a mesa antes de se sentir cheio. Comer um pouco menos, possivelmente irá significar viver um pouco mais.
- Desfrute de refeições em família e com quem você gosta. As pessoas precisam começar a comer na mesa novamente e não no sofá em frente da TV.
- Não compre comida onde você compra sua gasolina. Nos EUA, 20% dos alimentos são consumidos nos carros. Aqui não está tão diferente, concordam?
E logo que se convencer das 7 regras acima, procure um nutrólogo e um nutricionista para ajudar toda a sua família. A saúde e a doença, começam na comida.
Dr minhas filhas nao comem salada e legumes não é falta de falar, eu e meu marido comemos muita salada e não temos em casa bolacha recheadas e doces. Mas elas querem mesmo um pratao de arroz um pedaço de carne. Vejo que minha pequena de 7 anos ja está bem barrigudinha. O que faço, obrigo elas comerem? Pq to cansando de falar.
Nesses casos de monotonia alimentar, a ajuda de uma nutricionista materno infantil seria primordial , para ir descobrindo com você, aos poucos, a estratégia que faria com que eles variassem mais a alimentação.
Dr. estou ficando doida, meu bb vai fazer 2 anos e os únicos alimentos q ele aceita são carnes( todas) iogurte e algumas frutas. Ainda mama no peito. Como poderei deixa lo bem nutrido. Minha pediatra não recomenda vitaminas.Me dê uma luz por favor.
Infelizmente não posso fazer recomendações particulares à distância. Seria interessante a ajuda por parte de um nutricionista materno infantil.
Bacana.