Seus filhos não desgrudam do celular?

 

 

Nem vocês…E aí vem alguém e te assusta dizendo que uso excessivo de celular causa câncer de cérebro. Sério? Mande este post para os que querem te assustar.

“Estudos” e suas conclusões podem te enganar

Antes de qualquer coisa, se você pensar com calma verá que quase tudo que já foi pesquisado no mundo, pode ou não causar câncer. Tudo depende do “esforço” do estudioso em “espremer” os números e tirar deles essa afirmação.

Vejam , que pegou um livro de receitas e avaliou o risco em relação à vários tipos de câncer de 40 ingredientes, desde o insuspeito chá, passando pelo beatificado limão (serve pra tudo, até pra gastrite?!?!?!?), e chegando nos vilões bacon e carne vermelha.

Conclusão: quase todos os ingredientes podem estar ou não relacionados à alguns tipos de câncer.

Qual o problema? A metodologia!

Quanto mais preciso e amplo for o estudo, como uma metanálise, menor o efeito. Ou seja, o problema é o estudo e não o alimento.

E quando o assunto é celular e câncer?

pessoas-usando-celularSempre esteve em alta nas rodas de boatos a informação de que o celular e suas ondas eletromagnéticas poderiam causar câncer de cérebro.

Em ciência, o ditado “onde há fumaça, há fogo” só vale para formular hipóteses.

Em ciência existe método e é preciso seguir protocolos rígidos para que os resultados de experimentos sejam confiáveis.

Por isso você escuta uma coisa um dia (estudo ruim), que é negada no outro mês (estudo bem feito) e vice versa.

Aí, para testar essa hipótese de que o uso de celulares estava relacionado ao aparecimento de câncer de cérebro, estudiosos Australianos , de excelente qualidade.

Eles analisaram dados dos 30 anos que se seguiram à introdução de celulares no país, relacionando com a incidência esperada de cânceres de cérebro, diante da hipótese que teria que haver um aumento se essa fosse correta.

E o que encontraram: o porte (não tem como medir adequadamente o uso) de celulares não está relacionado com o aumento de cânceres na população geral.

O que é importante dizer: isso serve para o nível populacional. Ou seja, não significa que alguns indivíduos, por suscetibilidade genética e uso excessivo, não possam ter o problema, pois não teria como o estudo avaliar isso.

Mas, sem dúvida, é mais um boato/mito que a ciência desbanca.

E você que está ligado aqui fica sabendo.

Sabe o que me preocupa mais com o uso excessivo do celular pelas crianças?

  • Isolamento social.
  • Falta de diálogo com os pais.
  • Lesões cervicais e problemas nos dedos por esforço repetitivo.
  • Problemas (pelo impedimento da liberação da melatonina).

Mas esse último tema ficará para uma das postagens sobre sono, cuja série já está na terceira parte e você encontra na página.

Não repassem boatos, repassem informação! Compartilhem o máximo possível.


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Dr Flávio Melo - pediatra

Atua em consultório privado na cidade de Solânea/PB há mais de 19 anos e trabalha como coordenador no Hospital Regional de Guarabira, do projeto da Rede de Cardiologia e Perinatologia da Paraíba, que atende crianças com problemas cardíacos congênitos. Atualmente, ajuda a milhares de mães, pais e responsáveis, em todo o país, através da transmissão do seu conhecimento sobre cuidado de crianças e bebês, com uma linguagem simples, prática e acessível, por meio de conteúdos diários que impactam mais de 690 mil pessoas pelo Instagram, no perfil @flaviopediatra Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

3 comentários em “Seus filhos não desgrudam do celular?

  • 24 de maio de 2016 a 10:14
    Permalink

    SOBRE OS CELULARES TENHO AS SEGUINTES COLOCAÇÕES:

    1-INICIALMENTE A OMS RELATAVA SIM QUE NÃO EXISTIA EVIDENCIAS QUE CELULAR CAUSAVA CÂNCER.
    2-TEMPOS DEPOIS ALTEROU SIM O POSICIONAMENTO QUE PARECIA EXISTIR EVIDENCIAS QUE CAUSAVA CÂNCER, MAS QUE ESTUDOS MAIS APROFUNDADOS DEVERIAM SER REALIZADOS.
    3-O MUNDO VIVE SOBRE O IMPÉRIO ECONÔMICO E SE NOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO COLOCASSE EM DESTAQUE O ASSUNTO O PREJUÍZO ECONÔMICO SERIA MUITO GRANDE E TEMOS OS EXEMPLO DOS ÓLEOS HIDROGENADOS DE COZINHA QUE DESDE A DÉCADA DE 30 JÁ SE SABIA DOS TERRÍVEIS MALEFÍCIOS E SOMENTE AGORA NOS EUA ESTÃO TOMANDO PROVIDENCIAS E NO BRASIL VARIAS ENTIDADES NA ÁREA CARDÍACA, ENDOCRINOLOGIA E OUTRAS PEDIRAM PROVIDENCIAS A ANVISA, MAS ATÉ AGORA NADA E A RAZÃO É UMA SÓ ECONÔMICA E EM TUDO PREVALECE.
    4-UMA DRA ENG ELÉTRICA DA UFMG FEZ UM ESTUDO DURANTE 10 ANOS SOBRE O ASSUNTO E USOU COMO BASE AS TORRES DE RETRANSMISSÃO E OS RESULTADOS FORAM ASSUSTADORES NO CASO DE CÂNCER E ANEXO ABAIXO UM RESUNO DO TRABALHO: Tese de doutorado da engenheira Adilza Condessa Dode defendida na UFMG, no final de março, revela que há fortes evidências entre mortes por câncer e localização de antenas de celulares em Belo Horizonte. A pesquisa confirma resultados de estudos realizados na Alemanha e em Israel.
    http://www.mreengenharia.com.br/tese_ufmg.php

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    • 24 de maio de 2016 a 11:32
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      Apesar de achar importante o achado da doutora Adilza, queria levantar as seguintes questões:
      – os cânceres citados tem como único fator causal a radiação eletromagnética?
      – você leu o estudo australiano?
      – será que conseguiremos mesmo eliminar o uso de celulares?
      – você compreende a diferença entre causalidade e correlação?
      – na minha visão, o câncer é uma doença multifatorial e a exposição excessiva à radiações, está dentro de um desses fatores, porém não é o único. O estudo australiano mostra isso, pois não houve o aumento esperado na incidência de cânceres de cérebro nos 30 anos que se seguiram à introdução dos celulares no país.
      Por último, a ciência não é definitiva e minimizar o uso e abuso dos celulares e radiações, está dentro do escopo de um estilo de vida mais apropriado.

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      • 1 de março de 2018 a 09:22
        Permalink

        Entendo a preocupação com uso de celulares, vídeo e televisão, acredito que a solução não é impedir o uso, mas sim controlar o tempo , disciplinar em horários favoráveis, de acordo com a idade da criança, para que não haja prejuízos no seu desenvolvimento físico, psíquico e social .

        Responder

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