Vacina Influenza/H1N1 e S. de Guillain-Barré: a verdade sem sensacionalismo

 

 

Não vacinar contra H1N1/influenza aumenta as chances de Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Estudos científicos comprovam isso e a mensagem é simples: do ponto de vista do risco benefício, é muito melhor vacinar do que não. Vou mostrar isso neste post.

Eu sei que os tempos são difíceis. Que a informação vem como um tsunami e pipoca no seu Whatsapp, Facebook, Instagram, Periscope e Snapchat ao mesmo tempo. E que boatos rendem audiência, tal qual notícia ruim.

Eu sempre busco a verdade na ciência. Não que ela seja perfeita, mas ela é a rocha sólida que temos para nos apoiar e não a areia movediça do sensacionalismo.

Como não abordei sobre essa questão na minha postagem sobre “Mercúrio, Narcolepsia e vacina para influenza/H1N1”, quero desmistificar mais esse boato bem recente.

Desfazendo mitos sobre vacinas e Guillain-Barré

Vacinar reduz as chances de Síndrome de Guillain-BarréÉ dez vezes mais provável você ter Síndrome de Guillain-Barré (SGB) após a infecção por Influenza, H1N1 incluída, do que após a vacinação.

Os estudos que usei para montar este post (publicados no Center for Disease Control e no Lancet) avaliaram esses riscos e a realidade é a seguinte:

  • A cada um milhão de doses de vacina, existe o risco do aparecimento de um caso de SGB, e apesar da plausibilidade biológica, nenhum estudo ainda pode explicar completamente o mecanismo.
  • A cada 100 mil pessoas que pegam Influenza, uma desenvolve SGB (10 vezes maior risco). Há vários estudos que comprovam essa causalidade, inclusive com mecanismo biológico explicado.
  • Esse risco é maior, ou seja, quanto mais casos de Influenza ocorrerem e quanto menor for a eficácia da vacina e também é maior nos grupos de maior risco.

Portanto, quanto menos vacinar os grupos de maior risco, mais Influenza e mais SGB, compreenderam?

Anualmente, mesmo com a vacinação, ocorrem cerca de 5 milhões de casos graves por Influenza no mundo e entre 250-500 mil mortes.

É uma questão de risco/benefício

Cada vez que você pega um avião, você se submete ao risco de um acidente mortal a cada dois milhões de decolagens.

Cada vez que você sai de carro, você tem um risco 26 vezes maior de ter um acidente mortal.

Se você pudesse escolher, andaria de avião ou de carro todos os dias?

Se você pudesse escolher, baseado no risco de ter SGB, tomaria a vacina ou arriscaria a doença?

Você decide.

O risco ínfimo do efeito da vacina ou o risco não negligenciável da doença e suas possíveis consequências?

Compartilhem à vontade!!!

 


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Dr Flávio Melo - pediatra

Atua em consultório privado na cidade de Solânea/PB há mais de 19 anos e trabalha como coordenador no Hospital Regional de Guarabira, do projeto da Rede de Cardiologia e Perinatologia da Paraíba, que atende crianças com problemas cardíacos congênitos. Atualmente, ajuda a milhares de mães, pais e responsáveis, em todo o país, através da transmissão do seu conhecimento sobre cuidado de crianças e bebês, com uma linguagem simples, prática e acessível, por meio de conteúdos diários que impactam mais de 690 mil pessoas pelo Instagram, no perfil @flaviopediatra Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

2 comentários em “Vacina Influenza/H1N1 e S. de Guillain-Barré: a verdade sem sensacionalismo

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