Amamentação – Parte 4 – O que evita no bebê

Como você já deve ter lido e aprendido nos posts anteriores, o leite materno é um alimento completo para as necessidades do seu bebê.

Mas ele não é somente a nutrição perfeita pra ele, pois também tem impacto na saúde à curto, médio e longo prazo.

A cada dia essa lista abaixo aumenta, mas já passou dos dedos de uma mão. Seguem abaixo os benefícios do LM (leite materno) pro seu bebê:

– seus anticorpos, como por exemplo a Imunoglobulina A, protegem o bebê, formando uma camada protetora nas vias aéreas (nariz e garganta) e no trato digestório.

Por isso mesmo, nem sempre que você fica resfriada o seu bebê pega. Afinal, você pode até dar a doença, mas também está dando a proteção.

– redução nos episódios de otites: 3 ou mais meses de aleitamento exclusivo podem reduzir o risco em 50% e qualquer período de amamentação reduz em 23%.

– redução nos episódios de infecções respiratórias: o aleitamento exclusivo por mais de 4 meses reduz o risco de hospitalização por essas doenças em 72%.

redução no risco de gripes e resfriados: bebês em AM exclusivo por 6 meses, tem um risco 63% menor de ter infecções sérias nas vias aéreas superiores.

– redução no risco de infecções intestinais: redução de 64%, mesmo após a cessação da amamentação.

– o leite materno reduz em 60% o risco de uma infecção grave dos prematuros, a enterocolite necrotizante.

redução de 50% no risco de morte súbita no lactente.

– amamentar exclusivamente por pelo menos 3 a 4 meses, está ligado a cerca de 35% de redução do risco de asma, dermatite atópica e rinite.

– bebês que são amamentados no momento da primeira exposição ao glúten, tem um risco 52% menor de desenvolver doença celíaca.

– bebês amamentados tem 30% menos chance de desenvolver doença inflamatória intestinal.

– pelo menos 3 meses de amamentação reduz o risco de diabetes tipo 1 em 30% e diabetes tipo 2 em 40%.

Além de todas as doenças acima, o aleitamento promove um ganho de peso saudável. As taxas de obesidade em bebês amamentados são cerca de 15-30% menores, comparados aos bebês que tomam fórmula artificial.

Cada mês que dura o aleitamento, ocorre uma redução de 4% no risco de obesidade futura.

Seu bebê prematuro também terá chances reduzidas de problemas de desenvolvimento, se amamentado exclusivamente.

Como vocês podem ver, a lista é extensa e impressionante. Cabe a nós, profissionais de saúde e às famílias, dar todo o apoio e suporte à amamentação, até porque os benefícios não são somente para o bebê, mas também para a mãe.

Mas aí já é o assunto do post de amanhã.

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Dr Flávio Melo - pediatra

Sou médico pediatra há 11 anos, formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba e Pediatria no Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (IMIP/Recife-PE). Enxergo que o futuro da prevenção na criança, passa por uma atuação nos hábitos familiares e estilo de vida, desde antes do casal engravidar.

2 comentários em “Amamentação – Parte 4 – O que evita no bebê

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